segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Babilônia...

Faz tempo que não venho aqui...
Hoje, no trabalho, senti essa necessidade...
E, em 2011, me deparei com essa pessoa que lhes escreveu...
Posso dizer que muito se mudou, mas algo ainda segue aqui, nessas palavras...
As paredes mudaram... As vontades mudaram... As roupas mudaram...
As pessoas mudaram...
E então, como se já não bastasse, as dúvidas mudaram...
Espero que não seja sempre assim...
Espero que um dia essa montanha-russa do jovem estacione...
Em um dia frio, lindo, com uma boa companhia, e com aquela sensação de um momento perfeito...
Enquanto isso, a cabeça quase explode...
Um dia se quer A, outro dia se quer B...
O lado ruim de tudo isso é que ainda não fabricamos as pessoas...
Aquelas perfeitas para cada dúvida...
Aquelas do conselho certo, que limpam a tua cabeça e não te fazem mais pensar...
Mas se toda a dúvida perdesse os seus conflitos, para onde iria a emoção de se arriscar??
Peço desculpas pela ausência... Momento de mudanças na minha vida...
E, por mais que possa parecer, ainda estou em construção...
Estou feliz, por alguns pontos... Insatisfeito, por outros... Normal!
Mas a vontade que no texto impera é aquela vinda deste conflito:

Vale a pena arriscar?

E se não valesse... E se a segurança e o "caminho certo, da razão" fosse a chave para a Felicidade?
Teria ela a mesma graça?

Agora chega! Vou trabalhar...
[pensando muito, podem ter certeza...]

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A você, parede...

Frio... Vazio...
Suspiro... Som...
Olho... no longe...
Olho... na dúvida...
Olho cansado...
Olho com sono...
São cenas que voltam... que se revelam...
São momentos únicos... que se repetem...
São lembranças mortas que respiram...
São dias e noites...
São tardes e manhãs...
São as mesmas cores... A mesma voz da cidade...
É a rua que me leva...
Para onde, não sei... Só sei que é bom...
Por que a nostalgia existe...
Deve ser porque alguém um dia resolveu se perguntar o porquê do céu estar cinza...
Saudade? Sim.
Vontades? Sim.
Desejos? Sim.
Certezas... é, demoram...
O mapa do caminho rasgou...
A chuva caiu... Molhou o papiro...
Manchou a rua...
De tinta sem cor...
Que molha os pés do menino...
Que molha os pés do homem...
Que vive... por aqui.

domingo, 18 de outubro de 2009

Estranho...

Sim, é muito estranho...
Não se pode chamar de ruim...
Apenas de estranho...
Estranho...
Cinza...
Que engana...
Mas que pinta a situação...
De uma cor de aventura...
É o medo...
Mas tudo faz parte...
Faz parte do quebra-cabeças...
Que às vezes falta uma peça...
Que às vezes sobra uma peça...
Que às vezes se confundem as peças...
Que às vezes descobrem-se peças...
Embaixo do tabuleiro...
Mas
Existem armas...
Coragem...
Por mais ingrata que seja de se confiar...
Intuição...
Por mais louca que possa parecer...
E ainda podemos sonhar...
Nos permitimos sonhar...
Sonhar é fácil...
É subir um degrau...
É ver algo na janela...
É imaginar cores ali...
Sons aqui...
É magnífico..
É único...
Um único que assim como eu,
deseja se tornar...
O gás é dado...
A mão levanta...
O pé mexe...
A força ressurge...
Arrisca-se um ensaio de sorriso...
O olho vê atrás das paredes...
Enfim...
Escolhemos!
É para sempre...
Mas se não for,
Não tem porque ser...
E sem porquês,
As ansiedades insistem em dançar...
Aqui...
Entre as duas orelhas...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

caímos e acordamos...

Sim, o nó da vida é bem apertado...
às vezes parece não desamarrar...
Então vêm as músicas, os filmes, as lembranças...
Por que a tragédia puxa a cadeira e senta?
O corpo não responde à vontade...
Mas faz parte...
A nostalgia não é amiga...
É conhecida...
É preciso um susto...
para quebrar o vidro que nos torna frágil...
Um simples texto...
Uma simples pessoa...
Um simples conhecido...
Uma palavra...
Uma mão...
Um ombro...
Uma luz...
Um fôlego...
Daí se humilha a tortura...
E se apaixona-se por tudo...
Se vê a beleza das pessoas...
Se vê a beleza do próprio quarto...
Se vê a beleza das mãos...
Se vê a beleza da rotina...
Se vê a beleza da paixão...
Não aquela de cor vermelha...
Mas sim aquela que não tem cor...
Aquela que pode ser pintada de qualquer jeito...
E é nessa montanha-russa que reside o crescimento...
Que nos fez crianças...
Que nos fez rebeldes...
Que nos fez jovens...
Que nos fez alguém...
Eu...
Ele...
Ela...
Nós...
Aqui...
Na ciranda que nunca está vazia...
Sempre entra e sempre sai alguém...
Onde a música não pára...
Mudam-se as vozes...
Mudam-se os pés...